sexta-feira, 20 de abril de 2012

ATENDENDO AS DIFERENÇAS NO SUS-EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA



Os seres humanos são diferentes, uns são negros, outros brancos, uns altos e outros baixos,  uns  magros  e  outros  gordos;  nossa sociedade  é  plural.  A orientação  sexual  e  a identidade de gênero também são  diferenças.A sigla LGBT é a forma oficial para se referir  às  pessoas  com  orientação  sexual  e identidade de gênero diferentes da heterossexual. A nomenclatura  se  refere  às  iniciais  de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) que fazem parte da população.O atendimento humanizado, respeitoso e resolutivo a essas pessoas está na Constituição Federal de 1988, e o desrespeito às  diferenças  configura  violação  dos  direitos humanos. Nesse sentido, as pessoas LGBT têm direito ao acesso universal à  saúde de forma integral em todos os níveis de atenção.A Carta  dos  Direitos  dos  Usuários  de Saúde,  instituída  pela  Portaria  nº  1.820  do Ministério da Saúde, de 13 de agosto de 2009, define,  no  artigo  4º,  que:  “Toda  pessoa  tem direito ao atendimento humanizado e acolhedor, realizado  por  profissionais  qualificados,  em ambiente  limpo,  confortável  e  acessível  a todos”.  O  inciso  I  refere  que  o  usuário  tem garantido o direito à: “Identificação pelo nome e sobrenome civil, devendo existir em todo documento  do  usuário  e  usuária,  um  campo  para registrar o nome social, independente do registro civil, sendo assegurado o uso do nome de preferência,  não  podendo  ser  identificado  por número, nome ou código da doença ou outras formas desrespeitosas ou preconceituosas”.Tratar essa população pela sigla LGBT não é discriminatório; esse é o termo correto e utilizado  pelos  movimentos  sociais  que  lutam por direitos civis e sociais. Essa Portaria define que o uso do nome social seja obrigatório em todas as unidades de saúde  e  para  qualquer  pessoa.  No  caso  de travestis e transexuais, respeita-se primordialmente a identidade de gênero. Este é o primeiro passo para a construção de uma relação confiável  e  saudável  entre  profissional  da  saúde  e usuário nas Unidades Básicas de Saúde e deve ser garantido em todo o SUS.A Estratégia Saúde da Família faz parte da  agenda  permanente  do  SUS  desde  2006, quando foi criada a Portaria nº 648/GM, em 28 de  março,  instituindo  a  Política  Nacional  de Atenção Básica (PNAB), que redefine os princípios gerais da Atenção Primária à Saúde, responsabilidades  de  cada  esfera  do  governo, infraestrutura e recursos necessários, características  do  processo  de  trabalho,  atribuições comuns e específicas dos profissionais e regras de financiamento, incluindo as especificidades da Saúde da Família.O profissional  de  saúde  que  integra  a equipe de Saúde da Família está mais próximo da  comunidade  e  das  pessoas,  estimulando uma  relação  de  confiança  e  gerando  vínculo. Essa ligação proporciona um diálogo que inclui questões relativas à orientação sexual e identidade de gênero com a família, na qual a confiança e o respeito mútuo são importantes para que o profissional da saúde possa entender as reais necessidades  e  especificidades  do  segmento LGBT.Todas  as  formas  de  discriminação, como  a  homofobia,  lesbofobia  e  transfobia (discriminação  contra  pessoas  LGBT),  são consideradas  como  situações  produtoras  de doença  e  sofrimento.  É  preciso  compreender que essas formas de preconceito não ocorrem de maneira isolada de outras formas de discriminação social. Elas caminham lado a lado e são reforçadas pelo machismo e racismo, por exemplo.Os profissionais de saúde devem estar atentos para o fato de que preconceito e discriminação a Lésbicas, Gays, Bissexuais,Travestis  e  Transexuais  (LGBT)  ocorrem,  na maioria das vezes, no interior das famílias, onde esses  atos  de  violência  doméstica  praticados pelos próprios familiares geralmente terminam na expulsão ou abandono dessas pessoas.
Como profissionais da Saúde,devemos assegurar de acordo com a Lei todos os direitos garantido pela constituição a essas pessoas,independente de sua forma de ser,agir e pensar.Só assim podemos construir uma Sociedade justa e sem DESIGUALDADES.

UM ABRAÇO DO AMIGO EDY.

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