A QUESTÃO SALARIAL DOS AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Segundo
Geraldo Resende, o objetivo da comissão é avaliar o Projeto de Lei 7495/06, do
Senado, que regulamenta as atividades dos agentes e cria cargos na Fundação
Nacional de Saúde (Funasa). Diversas outras propostas tramitam em conjunto,
como o PL 6111/09, que define o piso nacional da categoria em R$ 930,00 mensais
para profissionais com formação em nível médio.A Emenda à Constituição 63, de
fevereiro de 2010, estabelece que uma lei federal definirá o regime jurídico, o
piso salarial nacional, as diretrizes para os planos de carreira e a
regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de
combate às endemias. Segundo essa emenda, caberá à União prestar assistência financeira
complementar aos estados e aos municípios para o cumprimento do piso salarial.
Emenda 29
Além
ser um dos principais defensores da regulamentação da profissão e de um piso
salarial para os Agentes Comunitários de Saúde e para os Agentes de Combate a Endemias,
Geraldo Resende também defende a regulamentação da Emenda Constitucional 29,
que, na avaliação de diversos parlamentares, precisa acontecer para que haja
garantia dos recursos necessários ao piso salarial da categoria. A Emenda 29
fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela União,
estados e municípios.
“Convivo diariamente com o trabalho desenvolvido pelos ACS’s, no
município de MUANÁ,precisamente PSF nossa senhora de Nazaré. Realmente
constatei a veracidade da complexidade das tarefas que são desenvolvidas por
cada agente em sua área de atuação ou na própria unidade básica de saúde
(PSF/USF), no atendimento a clientela que chega para o atendimento médico ou
qualquer outro procedimento médico.
A minha analise da questão da realidade vivida por esses
guerreiros e guerreiras da saúde básica, me leva a crer que a remuneração que
eles recebem, está longe da real contrapartida comparada as atribuições que a
função do ACS exige.
Eu vejo o esforço abnegado desses e dessas profissionais que
prestam um serviço de relevância à saúde pública em MUANÁ. Quer chova ou faça
sol, lá está o Agente Comunitário de Saúde, batendo de casa em casa, andando
ruas e ruas, às 8 horas diárias de seu trabalho. E muitas vezes, por residir próximo
de onde desempenha a sua atividade, o ACS é abordado pelos moradores e
solicitado a responder perguntas vinculadas a sua atividade, mesmo estando fora
do horário de sua jornada diária de trabalho.
Por estas e as outras razões somadas a importância da figura do
ACS, é que acreditamos que o piso salarial da categoria está longe da sua
realidade.
Em MUANÁ, os Agentes Comunitários de Saúde, recebem líquido mensalmente,
R$ 590,00,encima do bruto que é R$675,00 reais. Este valor, não chega a soma de
1 salário e ½ do atual valor do salário mínimo nacional.
A mobilização da categoria em torno da aprovação de um piso
salarial nacional para os ACS’s, é pelo fato de que existem prefeituras no
país, que estão pagando um valor muito próximo do justo a um agente comunitário
de saúde, cerca de R$ 1.500,00 reais mensais, um pouco mais de dois salários
mínimos,poxa quem me dera que MUANÁ pagasse esse valor,apesar de ser de direito
a esses profissionais.
E exigir muito e pagar muito pouco ao profissional. Ora, vamos
acordar para a realidade do nosso MUNICÍPIO. Um trabalhador que ganha o salário
mínimo instituído pelo Decreto no 7.655 de 23 de dezembro de 2011, no valor de
R$ 622,00, tem muita dificuldade de manter sua família; pior ainda se ele
estudar, ter filhos, e pagar suas contas. Só o aluguel de um imóvel de um
quarto, está próximo aos R$ 300,00. E aí??? O que o trabalhador vai fazer com os
restantes R$322,00? Então, está na hora dos agentes comunitários de saúde e agentes
de combates a endemias,cobrar junto as autoridades,seja ela
executiva,legislativa ou até mesmo em
Brasília se mexer em torno do assunto da determinação de um piso salarial
nacional decente, para a categoria dos Agentes Comunitários de Saúde e agentes
de combate as endemias. Chamo a atenção do SINDSAÚDE, que estude a
possibilidade de estender as mãos e auxiliar a categoria rumo a essa
valorização com um salário digno, compatível, justo e convincente, aos
abnegados, guerreiros e guerreiras, Agentes Comunitários de Saúde e combates a
endemias que prestam um serviço tão relevante a população de MUANÁ,onde os
mesmo estão ganhando um salário de miséria”.
DO AMIGO EDY!
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