quinta-feira, 26 de setembro de 2013

MÉDICOS CUBANOS AGUARDAM A EMISSÃO DE REGISTRO PARA ATUAREM NO PARÁ.

Governo Federal fala sobre problemas com documentação de médicos.
CRM do Pará garante que não está dificultando atuação de cubanos.
A demora na emissão dos registros que autoriza os médicos estrangeiros a trabalhar no Pará está preocupando o Governo Federal. O Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado garante que está analisando os documentos conforme prevê a lei.
A coordenadora do programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, o procurador chefe da União e representantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) se reuniram, em Belém, na última quinta-feira (18), para tentar solucionar o problema. Todos estão preocupados que o CRM não libere os registros dos médicos contratados pelo Governo Federal.
“Nós temos ouvido rumores de que existe problema com documentação e que a entrega desses registros pode atrasar e, por isso, nós viemos até aqui averiguar a situação”, afirma a coordenadora nacional do programa, Mariana Marelonka.
Segundo a advocacia geral da união, os conselhos regionais de medicina estariam exigindo documentos que não estão previstos em lei. Um deles é o certificado de proficiência em língua portuguesa, que garante que o médico estrangeiro domine o idioma do Brasil.
“Nós entendemos que as exigências, atualmente, não estão em conformidade com a medida provisória e essa medida provisória sobrepõe a resolução do CRM”, explica o advogado Leonardo Sirotheau.
Profissionais estrangeiros do programa 'Mais Médicos' chegaram ao Pará no sábado 14 (Foto: Tarso Sarraf / O Liberal)Profissionais estrangeiros do programa 'Mais Médicos' chegaram ao Pará no dia 14 de setembro
A presidente do CRM no Pará garantiu que o órgão não está fazendo nenhum esforço para impedir os médicos de trabalhar no estado. “Esta análise não está sendo feita com mais rigor agora, como se fosse uma perseguição. Essa é a análise que se faz frequentemente nos conselhos de medicina, para a inscrição de qualquer médico”, frisa Fátima Couceiro.
Os 63 profissionais contratados pelo programa, desembarcaram em Belém na última semana. Deste total, são 62 estrangeiros e 1 brasileiro formado na argentina. Eles passaram por treinamento, como cursos e orientações sobre o interior do estado.
Mesmo que os profissionais sejam contratados pelo Ministério da Saúde, eles ainda precisam da autorização dos conselhos regionais para trabalhador. Caso contrário, não poderão atuar.
“Vai ser difícil dizer para a população que já tem um médico, mas que ele não pode trabalhar, porque existe uma burocracia das autarquias de área médica que ainda não liberaram o profissional. Isso vai dar problema e vamos ver o que vai acontecer”, reclama o secretário de saúde do estado, Hélio Franco.
O Pará é o estado que mais recebeu médicos do programa, e o segundo estado brasileiro com o menor número de médicos trabalhando na área.
A médica cubana Mercedes Blanco, que já clinicou em Honduras por dois anos e em Moçambique durante três anos, afirma que trabalhar na Amazônia será uma experiência ainda mais enriquecedora. “Espero poder contribuir para melhorar a situação da saúde das tribos indígenas de Altamira, onde vou trabalhar. Fomos muito bem recebidos aqui e tenho certeza que vai ser um trabalho muito bom”, conclui.
O prazo para que o CRM autorize a atuação dos médicos encerra na próxima semana.
Divisão de profissionais do Mais Médicos por município:
Afuá – 2
Alenquer – 2
Altamira – 4
Anajá – 2
Aurora do Pará – 2
Aveiro – 2
Bagre – 2
Cachoeira do Arari – 2
Curralinho – 2
Curuá – 2
Faro – 2
Floresta do Araguaia – 4
Garrafão do Norte – 2
Gurupá – 2
Itaituba – 3
Limoeiro do Ajuru – 2
Melgaço – 2
Monte alegre – 2
Muaná – 2
Nova Esperança do Piriá – 2
Novo Repartimento – 2
Pacajá – 2
Ponta de Pedras – 2
Portel – 2
Rurópolis – 3
Santa Cruz do Arari – 2
São Sebastião da Boa Vista – 2
Tracuateua – 2


DO AMIGO EDY!

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