Agora são 18 as prefeituras no Pará que alegam situação de descontrole
Os municípios de Muaná, no Marajó, e Cachoeira do Piriá, na região do Caeté, são os dois novos municípios a se declarar em situação de emergência, conforme decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem. Com isso, as duas prefeituras ficam autorizadas a comprar produtos e contratar serviços com dispensa de licitação. Com os dois novos decretos, já chega a 18 o número de municípios paraenses em estado de emergência, quase todos decretados por novos prefeitos, que alegam desorganização administrativa e financeira herdada das gestões anteriores.
No Decreto municipal nº 018/2013, de 15 de janeiro de 2013, o prefeito de Muaná, Sérgio Murilo dos Santos Guimarães (PR) estabelece a emergência pelo período de 90 dias, com os efeitos retroagindo a 1º de janeiro. No decreto, ele argumenta que não houve transição de governo e que não recebeu do antecessor, Raimundo Martins Cunha (PMDB), os documentos administrativos, contábeis e financeiros do município, bem como informações sobre o patrimônio público existente e os contratos e convênios em curso. Na sede da prefeitura e nas secretarias municipais, os documentos e arquivos de informática relativos à administração teriam desaparecido.
O prefeito alega urgência para a retomada dos serviços essenciais prestados à população, já que a coleta de lixo está suspensa por falta de servidores para prestar o serviço. Além disso, não há medicamentos, equipamentos de saúde, material de limpeza, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, o que vem prejudicando o atendimento público de saúde. Na área administrativa, faltam equipamentos de informática para confeccionar a folha de pagamento, além de informações sobre o funcionalismo municipal. As ruas de acesso aos povoados e os prédios da administração estão em situação precária. O decreto poderá ser prorrogado por igual período.
Já no Decreto municipal nº 13, de 3 de janeiro de 2013, a prefeita de Cachoeira do Piriá, Maria Bernadete Bessa do Nascimento (PMDB) estabeleceu a situação de emergência administrativa e financeira por 180 dias. A gestora alega, no decreto, que o município atravessa uma situação de "instabilidade administrativa" desde que assumiu o cargo, por falta de transição de governo que possibilitasse conhecer antecipadamente a situação financeira, patrimonial e operacional da prefeitura. Bernadete não encontrou processos licitatórios para a aquisição de medicamentos, merenda escolar, combustíveis e outros insumos para a limpeza urbana e o transporte escolar, entre outros bens e serviços indispensáveis ao funcionamento da administração pública.
O decreto também veda a realização de despesas sem a autorização da prefeita, suspende contratos, convênios e o pagamento de empenhos advindos da gestão anterior até a análise jurídica e contábil, que verificarão a regularidade dessas despesas. Fica garantido apenas o pagamento da folha de pessoal e dos encargos sociais. Os efeitos do decreto são retroativos a 1º de janeiro deste ano.
Também decretaram estado de emergência, no Pará, este ano: Belém (na área da saúde), Marituba, Ourém, Bragança, Rurópolis, Colares, Ipixuna do Pará, Placas, Maracanã, Concórdia do Pará, Monte Alegre, Moju, São Miguel do Guamá, Mãe do Rio e Igarapé-Miri. Apenas Anajás, no Marajó, decretou a emergência por motivo diverso do caos administrativo. O município é assolado por uma epidemia de malária.
DO AMIGO EDY!
Se essa moda pega..........Cadê o Ministério Público. Se o gestor anterior praticou todos esse atos que é crime o que está faltando para ele responder por isso. Quando o pobre comete esses atos é logo enquadrado nos rigores da lei, e o rico.......A população tem que ficar de olho em toda essa movimentação, haja vista que qualquer coisa que for feita refletirá na vida de cada muanense e não podemos deixar mais esse tipo de disparante imoral acontecer em nosso querido município.
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