A criptografia do WhatsApp
já arrumou muitos problemas no Brasil, e a tendência é que isso só piore. A partir
desta terça-feira, 5 de abril, a empresa está implantando criptografia em todas
as formas de comunicação oferecidas pelo aplicativo, o que deve dificultar
ainda mais o trabalho das autoridades pelo mundo, mas também vai dificultar a
vida de cibercriminosos.
A novidade vale para todas as versões do aplicativo, em todas as plataformas. Ou seja: não importa se você usa Android, iOS, Windows Phone, BlackBerry ou até mesmo um celular antigo da Nokia. O aplicativo até mesmo começou a avisar sobre a proteção das conversas, como mostra a captura abaixo.
A novidade vale para todas as versões do aplicativo, em todas as plataformas. Ou seja: não importa se você usa Android, iOS, Windows Phone, BlackBerry ou até mesmo um celular antigo da Nokia. O aplicativo até mesmo começou a avisar sobre a proteção das conversas, como mostra a captura abaixo.
Como já explicamos nesta matéria, o
WhatsApp usa um protocolo de segurança chamadoTextSecure, que se propõe a
impedir a interceptação de mensagens, desenvolvido pela Open Whisper Systems,
habilitando apenas o recipiente da mensagem a decifrá-la. O protocolo é
aprovado por Edward Snowden para proteção de conversas online.
A mudança significa que todas as mensagens, anexos, imagens,
clipes de áudio, chamadas telefônicas e conversas em grupo saem do celular
protegidas por criptografia de ponta-a-ponta. Anteriormente, a proteção era
limitada a alguns formatos de comunicação; as ligações, por exemplo, não eram
criptografadas. No caso das conversas em grupo, é importante observar que
todos os usuários precisam estar com o aplicativo atualizado para que o
bate-papo seja protegido. Se um deles estiver rodando uma versão antiga do app,
que ainda não suporte a criptografia, os outros usuários serão notificados, e
saberão quem é o responsável pela conversa estar desprotegida. A criptografia forte começou a ser implantada em 2014, mas ainda
restrita, funcionando apenas com alguns dispositivos e em situações
específicas. Agora vale para tudo. Além disso, os usuários também não sabiam
exatamente quando o recurso estava ativo ou não, o que tornava a tecnologia
pouco confiável do ponto de vista dos mais conscientes da privacidade digital.
Desde então, o aplicativo foi gradualmente expandindo a proteção às mensagens
para cada vez mais usuários. Assim, o app deve continuar no caminho de
autoridades em investigações policiais. Nos últimos meses, a Justiça brasileira
encontrou problemas com o serviço, que não só não guarda as mensagens dos
usuários como também as codifica, tornando inviável recorrer a elas no caso de
uma investigação criminal. Isso fez com que o aplicativo fosse temporariamente
bloqueado no país no ano passado e causou a prisão de um executivo do Facebook.
Ao mesmo tempo, a criptografia é indispensável para garantir a segurança do
conteúdo das mensagens, para garantir que ela não seja interceptada pelo
cibercrime ou mesmo por espionagem ilegal.
No entanto, não é só o Brasil que enfrenta problemas com a
criptografia. Recentemente, o FBI entrou em uma batalha jurídica com a Apple
nos Estados Unidos pelo desbloqueio do iPhone de um terrorista envolvido no
ataque em San Bernardino, na Califórnia. O FBI pedia que a empresa
propositalmente enfraquecesse as defesas do iPhone, enquanto a empresa se
negava terminantemente a cumprir a ordem. No fim das contas, o FBI conseguiu
hackear o aparelho sem a ajuda da companhia.
DO AMIGO EDY GOMES
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